segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As sete maiores mentiras do currículo

Encontramos uma matéria publicada na revista Época de abril que lista as sete maiores mentiras do currículo, principalmente entre jovens. Achamos interessante publicá-las, junto à opinião de alguns especialistas que deram entrevista à revista, para mostrar que mentir de fato não é um bom caminho.
A pesquisa publicada indica que de cada dez currículos que chegam às empresas, quatro têm informações distorcidas, e outros dois mentiras deslavadas. O dado é da empresa de investigações Kroll, que presta serviço de análise de currículos para companhias, depois de analisados dados de candidatos a emprego de nível gerencial para cima. Eles demonstram que nos Estados Unidos, a taxa de invenções é bem parecida, segundo análises independentes do site Career Building e da consultoria Accu-Screen, especializada em procurar referências de candidatos a emprego.
Os principais “maquiadores de currículo”, segundo a matéria, são os jovens em início de carreira, pelo fato de terem pouca experiência e buscarem “engordar” os CV’s copiando modelos prontos.
Segue uma lista dos casos mais comuns listados na Época e como os especialistas os desmascaram.
1. Idiomas A mentira mais popular. É aquele inglês “básico” que no currículo se torna “avançado”. É também a mentira mais fácil de ser identificada. Um simples teste ou uma conversa com o recrutador são suficientes para desmascarar o monoglota.
2. QualificaçãoInventar uma especialização técnica ou transformar um curso rápido em pós-graduação também são manobras muito comuns – e fatais – nos processos de seleção. Além da questão moral, se a fraude é descoberta, leva à dúvida sobre todas as competências que o candidato afirma ter. Se conseguir manter a farsa, ele pode ser desmascarado quando checadores ligam para a universidade para conferir as informações. Algumas empresas são mais diretas: exigem o certificado dos cursos.
3. Cargos e funçõesMuitos candidatos mentem sobre cargos em empregos anteriores para demonstrar experiência ou pleitear salário mais alto. Assim, um estagiário pode virar assistente, um supervisor vira gerente, e por aí vai. São dados de checagem relativamente fácil quando a entrevista é bem feita: o candidato costuma escorregar nos detalhes sobre seu passado profissional.
4. Participação em projetosEsse tipo de mentira, relacionada a conquistas e projetos implementados em empregos anteriores, exige um esforço maior do recrutador. Por causa do passar do tempo e da rotatividade das empresas, muitas vezes é difícil entrar em contato com antigos colegas do projeto mencionado. A estratégia dos recrutadores para detectar as invencionices é levar a entrevista a um nível de detalhe extremo, para capturar contradições.
5. Motivo de desligamentoSe percebida, a mentira sobre os motivos da saída de empregos anteriores desperta a impressão de que o candidato quer esconder algo. Demissões nunca são bem vistas. Mas hoje, com a rotatividade tão alta, deixaram de ser um estigma. Mas devem ser explicadas. Se o desligamento foi espinhoso, o melhor é demonstrar maturidade e mostrar que o episódio serviu de lição. Jogar a culpa no ex-chefe é tentador, mas o efeito é quase o mesmo de um pedido para desistir do processo de seleção.
6. Datas de entrada e saída de empregosEsticar em alguns meses a permanência no emprego anterior pode ser até aceito pelo selecionador, para quem tem vergonha de dizer que estava desempregado. “Mas a manipulação de datas é intolerável quando ela tenta esconder um padrão de permanências curtas nos empregos”, afirma Vander Giovani, da Kroll. “Há aqueles que nem sequer colocam experiências curtas para não destacar essa instabilidade”, afirma Carlos Eduardo Dias, da Asap. “Essa omissão é imperdoável.” E facilmente constatada por checadores, ao ligar para empresas ou observar a carteira de trabalho.
7. EndereçoMuitos candidatos mentem em relação ao local de moradia por três motivos: imaginam que morar perto pode facilitar a contratação; acreditam que morar em um bairro mais pobre prejudique suas chances; ou tentam obter uma verba maior de vale-transporte. Nos dois primeiros casos, é uma mentira menos ofensiva, mas também não vale a pena. Quando for descoberta – pela checagem do comprovante de residência ou pela visita de um colega –, ela vai despertar desconfiança do empregador.

Nenhum comentário: